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Portugal, ou melhor, “little Italy”... É impressão minha ou a esquerda acabou de privatizar um banco

  • camilocarvalho6
  • Dec 21, 2015
  • 2 min read

Ainda vivevemos com os fantasmas do "amiguismo" amador que usa a cunha com uma legitimidade natural por outras palavras tráfico de influências.

As soluções “à la banca de investimento” que acreditam que tudo se vende e que depende apenas da engenharia e modelo financeiro estão a vista, conforme o comunicado de ontém pelo actual PM. Mas isso do basta vender, não chega. Porque é mais fácil dizer que "basta vender" sentado num estúdio de televisão, do que vender numa mesa de negociações. Vender pode trazer mais custos do que proveitos como hoje podemos verificar mais uma vez.

Os bancos são vítimas de má gestão e de supervisão apertada do BCE. Andam numa roda viva entre resolver problemas de gestão irresponsável encobertos no passado e sobreviver às exigências do supervisor que procura criar almofadas de capital para travar o impacto no sistema das gestões ruinosas. Assim quer o Banif, quer o Novo Banco, quer a CGD (que foi intervencionada, que nunca pagou os CoCos de 900 milhões) quando estão a fugir dos erros passados da gestão levam com as leis do BCE, que exigem mais capital em função do risco da carteira de crédito.

No entanto acho fantástico que se fale em anteriores governos, em tudo e mais alguma coisa para justificar o que aconteceu ao Banif/BES e vamo-nos esquecendo de que há problemas bem maiores como o da CGD e da TAP. Também nos esquecemos completamente de um regulador que permitiu este spin negativo e que na minha opinião está na origem desta bola de neve, o tal senhor que viu a sua actividade reconhecida e passo a citar in Wikipedia “viu todavia reconhecidos os seus méritos na União Europeia, sendo nomeado em 2010 vice-presidente do Banco Central Europeu, num mandato que durará oito anos e onde é responsável pela supervisão bancária” - será que nos estamos a esquecer dele pelo facto de ser militante de um partido?

Em última análise a Caixa, o banco do Estado que toda a gente jurava ser sólido, de um dia para o outro levou com a EBA e teve de receber 900 milhões de euros de CoCo´s do Estado. Depois leva com a Concorrência de Bruxelas a dizer que isto é concorrência desleal e desvirtua a concorrência e a CGD tem de pagar os 900 milhões ao Estado. E agora, para além de não ter gerado capital suficiente para pagar os CoCo´s, leva com o BCE a dizer que com aquela carteira de crédito a CGD tem de ter um common equity tier 1 muito superior ao que tinha e lá passa a CGD de ser a ancora do sistema financeiro para ser um dos mais frágeis. E isto não vai seguramente ficar aqui... vamos esperar mais um pouco o fim de ano poderá ser trágico para o Banco do estado.

Um simples facto: os bancos são as empresas mais voláteis que existem. Num belo dia são sólidos porque têm 10% de core capital e no dia a seguir o BCE diz que o capital mínimo passa a ser 11% e lá ficam os bancos falidos.


 
 
 

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